terça-feira, 16 de agosto de 2011

Aurora.

Gosta de escrever.
Tanto escreve que não sabe mais o quê.
Nenhum acontecimento, nenhum momento, nenhum sentimento, nada.
Nada que valha a pena.

Então, ignora os papéis, a vontade de prosar ou compor.
Se conforta em livros, música, viagens, estudo.
Meras distrações.

Mas escrever sobre o quê? Ainda não sabe, só quer.
Além de desejo é necessidade.

Redescobre, busca, imagina, inventa.
Pensa, desiste, sorri, decide, reflete, começa...
Aos poucos, une-se pensamentos em papéis e telas.
Lembranças distantes viram atualidade.

Vem uma linha...
Que puxa outras linhas.
Se não gosta, recomeça e persiste, modifica. Se deixa levar.

Mal começara, não sabe onde chegará.
Atrás um alicerce.
Ao mirar adiante: toda a história, esperando para ser construída.

Com calma, sem que nada volte a atrapalhar.
Obstinada e determinada?
Tudo isso.
Sem contratempos.





2 comentários:

  1. Lembrei de quando eu escrevia poemas assim :D

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  2. Não tinha visto seus comentários aqui, seja bem vinda, senhora escritora :) Eu escrevia poeminhas e histórias até a oitava série, o colegial me mudou completamente nesse sentido. Vou tentar fugir um pouco das dissertações quando der (:

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